terça-feira, 1 de maio de 2012
Conheça dez profissões em alta no mercado de trabalho
Conheça dez profissões em
alta no mercado de trabalho
Com economia aquecida, empresas brasileiras estão
buscando mão de obra qualificada e, para isso, pagando melhor
Luís
Guilherme Barrucho, da BBC
SÃO PAULO
- Confiantes no vigor da economia brasileira, empresas locais e multinacionais
com filiais no Brasil preveem contratar mais profissionais nos próximos anos,
aumentando, para isso, as exigências de qualificação da mão de obra.
O
otimismo dos empregadores resultou também em uma crescente formalização na
relação com os trabalhadores. Dados do último Censo, divulgados na semana
passada pelo IBGE, revelam que 63,9% da população ocupada tinha carteira
assinada em 2010, contra 54,8%, em 2000.
Segundo
um relatório divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro (Firjan) em fevereiro desse ano, a expectativa de contratação para os
próximos anos permanecerá aquecida.
Intitulada
Perspectivas Estruturais do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira - 2020,
a pesquisa ouviu de 402 empresas brasileiras - que, juntas, empregam 2,2
milhões de pessoas - quais setores demandarão mais profissionais nos próximos
anos.
De acordo
com o estudo, quem deve liderar as contratações no país é a área da engenharia,
além do segmento comercial - este último um dos principais empregadores de uma
economia que caminha cada vez mais em direção ao setor de serviços, dizem
especialistas.
"Depois
de 'arrumar a casa' em 2011, ou seja, organizar suas finanças, as empresas
estão buscando entregar resultados neste ano. Isso significa maximizar os
lucros, algo que se reflete no perfil das contratações", diz Paulo Pontes,
presidente da filial brasileira da Michael Page, uma das principais agências de
recrutamento de executivos de média e alta gerência do país.
Para
isso, as companhias brasileiras estão elevando suas exigências. Segundo o
relatório da Firjan, 69,1% das empresas ouvidas requerem, no mínimo, algum tipo
de pós-graduação para profissionais de nível superior. Já para mais da metade
delas, o diploma universitário é indispensável, inclusive, para profissionais
de nível médio/técnico.
Marcando
as celebrações do Dia do Trabalho neste 1º de Maio, a BBC Brasil entrevistou
especialistas para descobrir dez profissões que devem permanecer
"aquecidas" nos próximos anos. Confira a lista:
1)
Engenheiro de Petróleo
Quanto
ganha (em média): R$ 14.000
O que
faz: É responsável pelo desenvolvimento de projetos de exploração do petróleo e
seus derivados em poços e jazidas, buscando uma maior eficiência de produção
sem dano ao meio-ambiente. Com a descoberta do pré-sal, a profissão ganhou
'alma' própria - e é oferecida, hoje, como curso de graduação nas principais
universidades do país.
2)
Engenheiro de mobilidade
Quanto
ganha (em média): R$ 12.000
O que
faz: Supervisiona grandes obras de infra-estrutura, verificando se estão
adequadas às normas legais. Nos grandes centros urbanos, esse profissional é
encarregado de gerenciar o planejamento do transporte urbano. A carreira entrou
no radar dos recrutadores depois que o Brasil foi confirmado como sede de
grandes eventos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada.
3)
Engenheiro ambiental e sanitário
Quanto
ganha (em média): R$ 8.000 a R$ 12.000
O que
faz: Concebe e executa projetos que diminuam o dano causado pela ação humana no
meio-ambiente. A profissão é cada vez mais requisitada por grandes empresas e
governos ciosos de seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
4) Médico
do Trabalho
Quanto
ganha (em média): R$ 10.000 a R$ 16.000
O que
faz: Trata-se de um ramo da medicina especializado na promoção do bem-estar e
da saúde do trabalhador. Profissionais dessa área avaliam a capacidade de um
candidato de executar determinada tarefa, além de realizar exames de rotina nos
funcionários para verificar o cumprimento das obrigações trabalhistas.
5)
Gerente de Recursos Humanos
Quanto
ganha (em média): R$ 8.000 a R$ 14.000
O que
faz: É responsável por recrutar novos profissionais e assegurar a permanência
dos antigos. Antes subestimada, a profissão saiu do limbo e conquistou
importância à medida que as empresas perceberam a necessidade de reter bons
profissionais face à concorrência.
6)
Controller
Quanto
ganha (em média): R$ 10.000 a R$ 20.000
O que
faz: Analisa e interpreta as informações contábeis das empresas de forma a
reduzir perdas e maximizar o lucro, utilizando, para isso, conhecimentos
avançados de administração. Atua no "centro nervoso" da companhia,
relacionando os campos da contabilidade e da administração.
7)
Advogado de contratos
Quanto
ganha (em média): R$ 10.000 a R$ 14.000
O que
faz: Analisa e redige contratos. É uma das áreas do Direito que mais tem
crescido, acompanhando a escalada das fusões e aquisições de empresas no
Brasil.
8)
Gerente comercial/vendas
Quanto
ganha (em média): R$ 8.000 a R$ 18.000
O que
faz: É responsável pelo planejamento e controle das vendas, desde a saída dos
produtos da fábrica até a chegada à casa dos consumidores. Cada vez mais
disputado pelas empresas, precisa ser bem relacionado e carismático, com
conhecimentos avançados de administração e marketing.
9)
Biotecnologistas
Quanto
ganha (em média): R$ 4.000 a R$ 5.000
O que
faz: Pesquisa a criação, melhoria e gerenciamento de novos produtos nas áreas
de saúde, química, ambiental e alimentícia. Na área da microbiologia, pode
atuar na produção de vacinas. É cada vez mais requisitado por indústrias,
cientes da necessidade da otimização da cadeia produtiva.
10)
Técnico em Sistemas de Informação
Quanto
ganha (em média): R$ 2.000 a R$ 3.000
O que
faz: Profissional de nível médio, é responsável por criar e analisar os
sistemas de armazenamento e coleta de dados de uma companhia.C
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