De acordo com o instituto, é a maior queda de popularidade registrada desde o início da gestão Dilma |
Em relação a pesquisa anterior, o total de eleitores que julga a gestão Dilma como 'ruim ou péssima' foi de 9% para 25%. Numa escala de 0 a 10, a nota média da presidente caiu de 7,1 para 5,8.
A pesquisa foi realizada na quinta (27) e sexta (28) com 4.717 pessoas, em 196 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. É a segunda vez desde que a presidente assumiu o cargo, em 2011, que sua avaliação cai acima da margem de erro da pesquisa.
Protestos
Os entrevistados também avaliaram o desempenho da presidente em relação aos protestos. Para 32%, a postura foi ótima ou boa. Outros 38% julgaram a atitude de Dilma como regular e 26% avaliaram como ruim ou péssima.
Após o início das manifestações, Dilma fez um pronunciamento em cadeia de TV no dia 21 de junho e propôs um pacto aos governadores e prefeitos, que inclui um plebiscito para a reforma política e cinco pactos nacionais: responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, transporte, e educação.
Plebiscito
A pesquisa mostra também que 68% dos entrevistados acham que Dilma agiu bem ao propor uma consulta popular sobre a criação de um grupo de representantes eleitos pelo povo para propor mudanças na Constituição. Só 19% entendem que ela agiu mal. Outros 14% não souberam responder.
O Datafolha perguntou também sobre a a criação de uma constituinte e 73% dos pesquisados se declararam favoráveis, enquanto 15% são contra a proposta. O apoio ao plebiscito ocorre de forma mais ou menos uniforme entre homens e mulheres e em todas as faixas de renda, idade e escolaridade. No Nordeste, a aceitação é de 74%. No Sul, de 57%.
Pessimismo em relação à economia
O Datafolha também avaliou a expectativa dos entrevistados sobre a economia, o que pode ajudar a explicar a queda de popularidade. A avaliação positiva da gestão econômica caiu de 49% para 27%. Em relação à inflação, 54% acham que o índice vá aumentar – antes, eram 51%.
Para 44% o desemprego vai crescer, enquanto na pesquisa anterior o índice era de 36%. Segundo o instituto de pesquisa, 38% acreditam que o poder de compra do salário vai cair, o que corresponde a aumento de 11 pontos percentuais em relação ao último levantamento.
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